quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Magalhães ou Tintim?

Julgo que não há memória de um alto dirigente de um estado civilizado, seja ele primeiro-ministro, presidente ou rei, ter alguma vez numa reunião internacional feito uma sessão de propaganda de um produto comercial com oferta do referido produto aos representantes dos outros países e um discurso de elogio sobre as respectivas propriedades.

Confesso que fiquei chocado e até envergonhado ao ver, na Cimeira Ibero-Americana que está a decorrer nestes dias, Sócrates distribuir o computador Magalhães, como produto de alta tecnologia portuguesa, resultado do glorioso plano tecnológico que nos há-de guindar para a vanguarda da tecnologia da Europa e quiçá do Mundo, e elogiá-lo mais à sua notável resistência que tinha aguentado a experiência científica de o presidente Chavez o lançar ao chão. Mais envergonhado fiquei com a referência ao "computador Tintim, que agrada dos 7 aos 77 anos". É sabido que Sócrates é exímio em actos de propaganda, em que, dizem as más línguas, tem baseado a sua acção governativa. Mas esta foi demais e de mau marketing.

Será que com esta sessão de propaganda grátis Sócrates vai conseguir que as exportações do Magalhães disparem e salve a balança comercial portuguesa?

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Subscrevo. Até deu azo a uma náusea horrível que me remoeu, essa péssima propaganda.
 
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