domingo, 16 de março de 2008

Tibete e Kosovo

Adivinha: Qual é a diferença entre o Tibete e o Kosovo? Porque merece o Kosovo a independência, para a qual foi necessário atacar militarmente a Sérvia (então ainda Juguslávia, embora já muito diminuída) e manter a ocupação militar, contra as normas do direito internacional, e todos se calam quando no Tibete até uma autonomia real é negada?
Bem, até sei a resposta: É que foi fácil fazer vergar a Sérvia com alguns bombardeamentos. Já a China é outra coisa...

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sexta-feira, 14 de março de 2008

A independência do Kosovo

Finalmente há políticos de relevo que criticaram publicamente a declaração de independência do Kosovo, e de quadrantes políticos diferentes: António Vitorino e Adriano Moreira (Público de hoje). Embora o primeiro tenha acrescentado, depois de afirmar que do ponto de vista do direito internacional esta declaração é "manifestamente ilegal, que o reconhecimento por parte de Portugal "é inevitável" . Adriano Moreira afirmou mesmo que "é um erro histórico".
Não nutro especial simpatia pela Sérvia (nem antipatia, aliás), mas sempre me pareceu que foi um tremendo erro ter-se incentivado esta independência. Afinal onde está o princípio do multiculturalismo e da sã convivência entre comunidades diferentes, quando se aceita uma divisão de uma parte do território de um país com fronteiras internacionalmente aceites pela razão única da origem étnica da maioria da população de um território?

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quarta-feira, 12 de março de 2008

Balanços e desonestidades

Que quem faz um balanço da sua própria actividade tenda a fazer ressaltar os aspectos positivos e a reduzir a importância ou até a esquecer os negativos é natural, seja o balanço de um governo, de uma empresa ou de qualquer outro evento. Que o reconheça publicamente, não parece no mínimo revelar muita inteligência, já que está obviamente a reconhecer um enviesamento que, se propositado, terá forçosamente de ser classificado como desonesto. Pois foi o que fez exactamente um responsável pelo Partido Socialista a propósito do balanço de 3 anos de Governo PS, o inefável Vitalino Canas. Muito gostaria de saber se o chefe Sócrates aprovou esta confissão ou se, pelo contrário, numa réstia de honestidade, o chamou de parte para lhe dar um raspanete por ter mostrado tão ostensivamente o jogo.
Independentemente de qualquer juízo de valor sobre a actividade do Governo, confessar que o balanço apresentado aos portugueses foi embelezado e que "não tiveram tempo" de lembrar os erros é reconhecer que se está a tentar enganar os governados.

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