domingo, 25 de setembro de 2005

Esta vem a propósito de certas situações:

A JUSTIÇA

(Velha corcunda, torta, muito malfeita)


A Justiça sou chamada;
Ando Muito corcovada,
A vara tenho torcida
E a balança quebrada.
. . . . . . . . . . . . . . . . .
Renovai-me muito bem,
Que cada vez vou pior.

Fazei-me estas mãos menores,
Que não possam apanhar;
E que não possa escutar
Esses rogos de senhores
Que me fazem entortar.

(«Frágua de Amor»)

da Selecta Gil-Vicentina de José Pereira Tavares, Lello & Irmão Eds., Porto, 1973

Para dizer a verdade, acho que tem vindo sempre ou pelo menos muitas vezes a propósito desde o tempo do Gil Vicente. Infelizmente...

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Falemos então sobre o sexo dos anjos. Bem, na verdade não tenho muito para dizer. Confesso até que não acredito em anjos. No entanto o problema do sexo dos anjos tem sido tão debatido que não há dúvida que, mesmo para quem não acredita em anjos, é um problema fundamental do nosso tempo, talvez até mais importante que o défice. Se houvesse anjos e anjas, o problema estaria resolvido. Mas não consta. Só há anjos, no masculino. O facto, se é que é um facto, de usarem saias e cabelos compridos não significa que sejam necessariamente fêmeas. As saias não são saias, são túnicas, e portanto não indicam feminilidade. Os cabelos compridos, hoje em dia, como aliás em muitas outras épocas, também não são indicação segura do sexo. Portanto o masculino do substantivo denominativo ganha mais importância. Para mais, nos livros sagrados os nomes dos anjos são todos masculinos (pelo menos nas versões que conheço), e quando digo livros sagrados não me refiro apenas à Bíblia, mas também ao Alcorão (não consegui consultar a Tora, mas dadas as suas semelhanças, senão afinidades com o Antigo Testamento, sou levado a supor que o mesmo acontece também no Livro dos judeus). Portanto os argumentos a favor da masculinidade parecem estar em maioria. Para manter a dúvida, terei de pensar em argumentos em sentido contrário. Para a semana talvez me lembre de alguns. Até lá, se alguém me ajudar, ficaria muito agradecido.

O meu primeiro comentário é sobre o "s". Sim, a letra "s" que se introduziu sorrateiramente e sem eu querer no endereço electrónico do blog. Passo a explicar: Adoptei para o blog o título pouco original, o que vim a saber só tarde demais, de "O sexo dos anjos", mas ao querer usar esta expressão como endereço fui rudemente impedido pela prioridade de uns tantos indivíduos tão pouco originais como eu. Atrapalhado, tentei pensar em soluções para o problema e o que me ocorreu foi a tremenda dúvida: Será que os anjos têm sexo? Então fez-se luz: Adoptei como endereço exactamente a frase em questão, sob forma depurada, sem intervalos nem acentos: "seraqueosanjostemsexo", mas o teclado pregou-me uma partida e depois reparei que tinha ficado um "s" a mais entre "os" e "anjos". Não sei como o eliminar, a não ser apagando o blog e fazendo outro de origem, o que não quero fazer para já. Talvez me venha a arrepender. De qualquer modo devia esta explicação ao numeroso público ledor!!!

terça-feira, 13 de setembro de 2005

O sexo dos anjos

Ao que parece a temática do sexo dos anjos é muito popular! Pensei dar ao meu blog exactamente esse título ("O sexo dos anjos"), mas não me foi permitido por já existir, e para mais também já existia "Sexo dos Anjos" sem o artigo definido. Portanto optei por "Será que os anjos têm sexo?". Quem souber, responda.

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