quarta-feira, 12 de março de 2008

Balanços e desonestidades

Que quem faz um balanço da sua própria actividade tenda a fazer ressaltar os aspectos positivos e a reduzir a importância ou até a esquecer os negativos é natural, seja o balanço de um governo, de uma empresa ou de qualquer outro evento. Que o reconheça publicamente, não parece no mínimo revelar muita inteligência, já que está obviamente a reconhecer um enviesamento que, se propositado, terá forçosamente de ser classificado como desonesto. Pois foi o que fez exactamente um responsável pelo Partido Socialista a propósito do balanço de 3 anos de Governo PS, o inefável Vitalino Canas. Muito gostaria de saber se o chefe Sócrates aprovou esta confissão ou se, pelo contrário, numa réstia de honestidade, o chamou de parte para lhe dar um raspanete por ter mostrado tão ostensivamente o jogo.
Independentemente de qualquer juízo de valor sobre a actividade do Governo, confessar que o balanço apresentado aos portugueses foi embelezado e que "não tiveram tempo" de lembrar os erros é reconhecer que se está a tentar enganar os governados.

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