terça-feira, 14 de outubro de 2008

A crise

Porque não falo sobre a crise: Não é que o tema não me interesse. Pelo contrário: interessa-me e atemoriza-me. Leio avidamente todas as notícias e comentários e tento interpretar o que não é dito, mas entre tanta informação e tanta opinião díspar confesso que tenho mais receio do futuro do que opinião firme. Entre o optimismo oficial, em que não creio minimamente, e o pessimismo (ou será antes realismo) do dragão no dragoscópio e de Pedro Arroja no portugal contemporâneo, não há meio termo possível onde esteja a virtude. Entretanto o país preocupa-se mais com os resultados do futebol, o secretário de estado do desporto (figura que reputo completamente inútil) prepara-se para preparar, a meias com os castelhanos, o mundial de 2018, e os deputados discutem se pessoas do mesmo sexo devem poder celebrar casamentos entre si ou outros assuntos igualmente importantes para o desenvolvimento do país. Quem nos pode valer?

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