terça-feira, 23 de setembro de 2008

Magalhães; o Fernão não tem culpa

Leio no Público:
«Os professores vão ter um "papel importante" na inscrição dos alunos no programa e-escolinhas que permite às crianças do 1.º ciclo obter um portátil com acesso à Internet (sic, porquê com maiúscula), informa o gabinete de comunicação do Plano Tecnológico da Educação. Os docentes vão dar os códigos, depois de os pais seleccionarem a operadora (Optimus, Vodafone, TMN ou Zon) e aceitarem as condições de adesão. Os computadores serão enviados para as escolas. Será gratuito para os alunos inscritos no 1.º escalão da acção social escolar; custará 20 euros para os do 2.º escalão e 50 para os restantes.»
Entendo pois que, depois de provado que o computador português pouco ter de protuguês, o preço a que fica pode não ser apenas os 0, 20 ou 50 €, já que haverá «condições de adesão» (para o acesso à internet, claro). É a primeira vez que oiço falar da existência destas condições, mas nada sei sobre elas a não ser que existem.
Se for como os célebres computadores a 150 € que foram alegremente distribuídos por ministros e secretários de estado em várias sessões de propaganda, a factura final será bastante mais pesada.
Neste caso, como «Os computadores, embora pertencentes aos alunos, vão ser usados em sala de aula» parece-me que poderá ocorrer uma flagrante desigualdade entre os alunos, penalizando os que não aderirem ao programa e não tiverem o seu Magalhães. Se é um instrumento de estudo, deveria ser, como os livros e os cadernos, obrigatório, com um preço correspondentemente acessível a todos.

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