domingo, 6 de julho de 2008

Rentabilidade do TGV


Há dias o ministro Mário Lino declarava com toda a candura que lhe é habitual que admitia que os custos do TGV não viessem a ser cobertos pelas receitas da venda de bilhetes. Suponho que se referia à linha Lisboa-Porto, mas pelo que tenho lido o mesmo se aplicará ainda com mais probabilidade às linhas Lisboa-Madrid e ainda mais à Porto-Vigo.
Pergunto eu agora: Então por que se fazem estes grandes investimentos?
Claro que pode haver benefícios sociais que o justifiquem, como é o caso dos transportes públicos urbanos, que normalmente são deficitários, mas que são subsidiados pelo erário público para favorecer o seu uso em detrimento do transporte individual, de outro modo as cidades seriam praticamente intransitáveis. (Ainda mais do que já são actualmente.)
Não me parece que este raciocínio seja aplicável com propriedade ao TGV. De qualquer modo, mesmo que o fosse, convém explicá-lo bem, o que não tem sido o caso.
Trata-se portanto de mais um encargo para os pagadores de impostos, ao contrário do que o princípio geral do utilizador-pagador aconselharia.

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