terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Aborto (3)

Porque voto Não:

Pelo bebé: para que nasça. Perguntem a qualquer pessoa que esteja com as suas faculdades mentais e emocionais equilibradas se gostava de ter sido abortada e não ter chegado a nascer, se prefere viver ou se gostava de nem sequer ter tido esta experiência. Abortar é condenar à não existência um ser humano.

Pela Mãe: para que não venha a sofrer o arrependimento. As dificuldades e o desespero que podem levar a desejar não ter o filho que está para nascer são normalmente ultrapassáveis e desfazem-se com o tempo. O acto de abortar, esse, é irremediável. Pela solidão em que estará no momento de decidir e para todo o sempre perante a consciência de o ter decidido. Pela falta de argumentos com que ficará perante um companheiro que lhe peça para abortar se este passar a ser legal, livre, seguro e grátis. A Mãe pode estar a desfazer-se do último filho que poderá ter, por questões orgânicas, de doença ou de acidente. Pode ser a sua última oportunidade.
Ao despenalizar o aborto e ao disponibilizar o Sistema Nacional de Saúde para este fim o Estado está a influir ilegitimamente na decisão da mulher grávida facilitando a consumação duma atitude tomada em desespero. Quando uma pessoa está em cima duma ponte hesitando se se atira ou não, é criminoso vir dizer-lhe que tem todas as facilidades para saltar.

Pelo Pai, que pode querer muito aquele filho, mas que só vai saber depois dele estar morto, porque a sua opinião não necessita sequer de ser ouvida.

Pela Humanidade, que perde uma vida que faz falta, porque cada um é único e insubstituível e todos fazem falta à evolução. Porque pode estar a perder alguém que pudesse vir a dar um contributo inestimável à Paz, à Ciência, à Saúde ou às Artes. Se as mães de Copérnico, Galileu ou Newton, se as mães de Bach. Mozart ou Beethoven, se as mães de Jenner (inventor da vacina), Pasteur ou Fleming, se as mães de Dante, Racine ou Voltaire tivessem decidido abortar os seus futuros filhos por dificuldades de momento, que perda teria sido para a Humanidade.

Eis as razões do meu voto.

M.

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